Unicidade ou unidade?
Há
muitas divergências sobre o assunto, que trata se Deus é um ser indivisível,
inseparável, apenas e literalmente um (Unicidade), ou se existe uma unidade
dentro da divindade (trindade). No entanto, as escrituras sagradas nos revelam
de gênesis ao apocalipse, nos afirmando em seu monoteísmo estrito e mostrando a
unicidade de Deus. Penso que não podemos
confinar Deus a três ou a qualquer número de papeis ou títulos, pois pai, filho
e espírito santo são títulos de um único Deus ou manifestações de um só Deus.
Nem podemos dividi-lo em três pessoas, isso traz um grande erro teológico, um
conflito escriturístico muito grande, porque Ele é um em sua totalidade, numericamente
falando, e não em unidade, pois os judeus até os dias de hoje não entendem que
Deus seja três pessoas, como sugere a doutrina da trindade. A vista de muitas
passagens do AT, bem como, do NT, podemos descrever a unicidade em termos
inequívocos, a absoluta unicidade de Deus, Deus é um ser indivisível. Quando
nas escrituras aparece a figura de Deus em relação a palavras que podem
significar tanto um, em número absoluto, quanto em unidade, isto implica
realmente em demonstrar um conceito de unidade de seus múltiplos atributos de
poder e não personalidades separadas, ou distintas, e nem uma união
cooperativista de pessoas separadas na divindade, isto é doutrina pagã. O povo
judeu sempre tentou demonstrar o monoteísmo estrito, para combater as
ideologias de povos pagãos que adoravam várias divindades, demonstrando
categoricamente em seus ensinos, que Deus é um em número absoluto, em essência
e em Espírito. Se entendermos que Deus é uma trindade de pessoas e
personalidades separadas, logo cairíamos em politeísmo, sem poder ter
argumentos para combater a crença em vários deuses, no entanto, o propósito da
palavra de Deus é demonstrar, quando aparecem expressões numéricas que
demonstram unidade na versão original (hebraica), é a forma de expressar os
múltiplos atributos de Deus, como já falado, tendo um duplo sentido. Todavia,
as escrituras sagradas tem o propósito de negar o politeísmo e expressar Deus,
sendo um (unicidade). Deus se manifestou como uma sarça ardente a Moisés, em
teofanias no AT, como pai na criação, como filho na redenção e espírito santo o
consolador e outras tantas passagens que poderíamos citar, portanto, Deus é um
em valor numérico absoluto, demonstrando que Deus é um ser indivisível,
inseparável e absoluto em sua essência, demonstrando assim a unicidade de
Deus.
Pr.
Prof. José Inácio